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Mauro Jácome, médico mineiro, participou de congresso na Universidade Oxford, na Inglaterra

Mauro Jácome, médico mineiro, participou de congresso na Universidade Oxford, na Inglaterra

Evento discutiu a aplicação clínica e cirúrgica de métodos inovadores no combate a obesidade a ao diabetes mundo à fora

O médico mineiro Mauro Jácome representou o Brasil no 6º IBC Oxford World Congress, evento promovido pelo International Bariatric Club (IBC) e pela Universidade de Oxford. Este ano, aconteceu entre os dias 8 e 10 de setembro, dentro do campus da instituição acadêmica e teve o tema “Gerenciando a obesidade e o diabetes: do laboratório à clínica, da sala de cirurgia ao mundo”.

Natural de Caeté, em Minas Gerais, e com um ecossistema clínico robusto instalado em Belo Horizonte, Mauro Jácome subiu ao púlpito para discutir estratégias eficazes de emagrecimento e a eficácia das técnicas cirúrgicas mais recentes. O especialista, seus colegas de profissão e entusiastas puderam apreciar uma programação diversificada, repleta de palestras envolventes, painéis de discussão esclarecedores e apresentações que destacam os avanços mais recentes em obesidade e gerenciamento metabólico.

Este congresso é especialmente significativo porque, além de ocupar uma instituição quase milenar – a Universidade de Oxford, na Inglaterra –, enfatiza uma abordagem multidisciplinar, combinando conhecimento de pesquisa laboratorial, prática clínica e intervenções cirúrgicas. Alguns dos exemplos trazidos pelo palestrante mineiro foram as estratégias intervencionistas diretamente associadas ao combate da obesidade. Entre elas a realização da cirurgia bariátrica, a colocação dos balões intragástricos deglutível ou ajustável, a utilização do método Endoscopic Sleeve Gastroplasty (ESG), o método da endosutura e, ainda, a receita das chamadas ‘canetas emagrecedoras’ que contém substâncias como a tirzepatida e a semaglutida.

Uma das atrações mais emocionantes foram as rodadas de conversa e as mesas de networking. Além de expressar a opinião, os participantes tiveram a chance de se conectar com outros profissionais, compartilhar experiências e colaborar em projetos futuros. Acompanhado da esposa, Franciele Jácome, Mauro agora retornou para o Brasil com o papel de distribuir o conhecimento que recebeu em Oxford e compartilhar com a juventude da medicina sul-americana o que há de mais inovador no tratamento da obesidade e do diabetes.

“Participar como palestrante aqui foi uma experiência sem igual. Muito feliz de poder trazer um pouco da minha experiência e poder compartilhar com os colegas do mundo inteiro. Também foi tempo de aprender um pouco mais. Estou grato aos Professores Haris, Manoel Galvão e Eduardo Grecco pelo convite e também a minha esposa que me acompanhou neste evento me dando todo apoio. Imensamente grato a Deus que sempre está ao meu lado e nas minhas orações. Agora é trabalhar”, salienta o médico.

Entrevista

Conversamos com o médico após o seu retorno e Mauro detalhou com exclusividade um pouco mais da experiência de palestrar em um evento que reuniu especialistas em uma das universidades mais importantes e antigas do mundo. Veja:

Como foi representar o Brasil no 6º IBC Oxford World Congress? 
Foi uma honra imensa. Participar como palestrante em um congresso de tanta relevância, dentro da Universidade de Oxford, é algo que marca minha trajetória profissional. Tive a oportunidade de compartilhar minhas experiências com colegas do mundo todo e, ao mesmo tempo, aprender com nomes consagrados da medicina bariátrica e metabólica.

Qual foi o foco principal da sua apresentação no congresso? 
Apresentei estratégias eficazes de emagrecimento, com foco nas técnicas cirúrgicas mais modernas. O objetivo foi discutir a efetividade desses procedimentos no contexto atual e como eles têm evoluído para atender melhor os pacientes com obesidade e diabetes.

O que diferencia esse congresso de outros eventos médicos internacionais? 
Além de acontecer em uma instituição quase milenar como Oxford, o IBC World Congress é extremamente multidisciplinar. Reúne especialistas em cirurgia, clínica médica, pesquisa laboratorial e tecnologia aplicada à saúde. É uma troca muito rica de saberes

Como foi o ambiente do evento em termos de networking e colaboração internacional? 
Muito intenso e produtivo. As rodadas de conversa e as mesas de networking foram um dos grandes destaques. Tive a chance de conhecer profissionais de diversos países, trocar experiências práticas e até discutir colaborações futuras. Essas conexões têm um valor imenso para quem busca estar na vanguarda da medicina.

O que o senhor leva de aprendizado do congresso para aplicar no Brasil? 
Trago novas perspectivas sobre o tratamento da obesidade e do diabetes, especialmente no que diz respeito à integração entre cirurgia, acompanhamento clínico e hábitos de vida. Meu papel agora é multiplicar esse conhecimento aqui, principalmente entre os jovens médicos da América do Sul.

Qual a importância de eventos como esse para a evolução da medicina no Brasil?  
Eles são fundamentais. A medicina é uma ciência em constante atualização, e estar inserido em debates internacionais nos permite adaptar e melhorar o que fazemos aqui. Também ajuda a posicionar o Brasil como referência em determinadas áreas, como a cirurgia bariátrica.

Na sua participação, você discutiu medidas utilizadas para o controle ou combate da obesidade. Alguma é mais eficaz que a outra?
Não porque não existe um padrão para tratar a obesidade. Cada organismo, cada corpo, reage de forma diferente e não adianta ser metódico para lidar com o caso. Por isso é importante procurar um especialista que saiba analisar o quadro minuciosamente e entender a reação do corpo para qual for a recomendação de tratamento.

Sobre as recomendações de tratamento, como você faz a análise?
É como disse, cada caso é um caso. As canetas emagrecedoras, especialmente a tirzepatida, são indicadas para obesidade com comorbidades e falha no tratamento clínico, indiferente do nível de obesidade. O balão intragástrico e a endosutura, para casos moderados, como alternativa menos invasiva. A bariátrica é indicada para obesidade severa, de graus II e III com riscos à saúde. Já pacientes com sobrepeso leve podem não precisar de intervenção, apenas reeducação alimentar e acompanhamento profissional.

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